A
principal consequência da Revolução Francesa foi a redescoberta da História.
Ela vem apresentar-se, agora, do presente ao passado e do passado ao presente.
Sob esta perspectiva, vem aprofundar a divisão dos homens entre revolucionários
e conservadores, levando a história para outros rumos. Apresentam-se, portanto,
cultuadores da história como a produção de um futuro e cultuadores da história
como reprodução fiel do passado.
O
período historicista vem trazer a revolução cultural da descoberta histórica,
como fidelidade dos homens ao passado. Os historicistas avaliam a época,
segundo seus próprios critérios e valores, sem se preocupar, contudo, com o
critério das ciências naturais para ordenar todas as coisas em um padrão comum.
Dilthey
focalizou a descoberta dos significados dos eventos a partir da perspectiva do
sujeito que experimenta e ao mesmo tempo em que enfatiza que isso só poderia
ser feito pelo envolvimento simultâneo do investigador. Por isto, a
subjetividade do pesquisador e do sujeito que está sendo investigado está
inerentemente interconectada nessa busca por significado. Isto leva a
‘redescoberta do EU no TU’; certamente uma linguagem que soa bem com a
abordagem dialógica.
Há
um inter-relacionamento aqui que precisa ser abraçado e honrado pelos
pesquisadores. Nessa perspectiva, Dilthey conceituou o estudo da experiência
humana como “ciência humana”, que contrasta com os métodos objetivos das
ciências naturais.
O
pensamento de Dilthey foi recebido com mais resistência do que aceito pela sua
época. Os positivistas, claro, recusaram-no. Entretanto, é inegável como
através do fenômeno da Revolução Francesa, ele redescobre os novos rumos e
caminhos que a história iria percorrer. Antes, analisando os grandes feitos e
eventos para interpretação do futuro sem realmente se preocuparem com o
passado.
Dilthey
vem por sua vez, junto com o historicismo, dar uma nova roupagem aos eventos e
interpretação da sucessão de fatos. O passado agora é algo que é evidenciado
como centro de todas as atenções nas análises da história. Para Dilthey foi bem
mais do que um movimento intelectual e sim uma revolução cultural que pôde
abranger várias outras áreas do conhecimento humano.
Ana Paula Jardim Martins.
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